Alvo de ataque hacker, STJ gastou R$ 13,7 milhões com empresa de informática investigada.

Esta semana, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) sofreu o pior ataque hacker de sua história, que paralisou os trabalhos da Corte. Ao contratar serviços na área de informática, no entanto, o tribunal fez uma escolha controversa: a empresa de tecnologia da informação que mais recebeu dinheiro da instituição em 2020 foi a Globalweb Outsourcing, uma firma ligada à mulher do advogado Frederick Wassef e investigada por tráfico de influência. Até a quinta-feira (05/11), a corte já havia empenhado R$ 13,72 milhões com a empresa, como parte de dois contratos diferentes de prestação de serviços. Os contratos foram firmados em 2017 e 2018, e prorrogados desde então… – Em setembro deste ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) abriu um processo para apurar se a empresa está envolvida com a prática de tráfico de influência, que é crime, pela lei brasileira. A investigação do TCU surgiu por causa do repentino aumento dos contratos da Globalweb com o governo federal durante a gestão de Jair Bolsonaro (sem partido), até junho, foram R$ 41,6 milhões, quase o mesmo valor recebido pela empresa durante os quatro anos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB). A empresa é ligada a Maria Cristina Boner Leo, ex-mulher do advogado Frederick Wassef. Ele, por sua vez, foi o defensor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no caso das “rachadinhas” até.

Da BBC News Brasil, em Brasília.

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